O cantor Gusttavo Lima, de 35 anos, anunciou nesta terça-feira (18) que não concorrerá à presidência do Brasil nas eleições de 2026. Em entrevista ao portal Metrópoles, o artista explicou que a decisão foi motivada pela resistência de familiares, pela complexidade do cenário político e pelo desejo de dedicar-se à carreira internacional e a ações sociais por meio do Instituto Gusttavo Lima, voltado a auxiliar idosos.

Família e polarização influenciaram decisão
O sertanejo revelou que recebeu apoio público para entrar na política, mas encontrou forte oposição em seu círculo íntimo. “Muitas pessoas próximas se posicionaram contra, incluindo minha família, o que pesou muito”, afirmou. Outro fator determinante, segundo ele, foi a expectativa de polarização acirrada nas eleições de 2026. “Você tem que sentar para negociar coisas que, às vezes, não são de interesse do Brasil, mas de partidos e de pessoas. Não tenho estômago. Meu negócio é trabalhar e ajudar as pessoas”, declarou.

Apesar de descartar a disputa no próximo ano, Lima deixou a porta aberta para futuras incursões políticas: “Tenho 35 anos. Nada impede que, nas próximas eleições, eu seja candidato”.

Instituto Gusttavo Lima como missão prioritária
O artista destacou que seu projeto social será o principal legado neste momento. O instituto homônimo tem como meta prestar assistência a 2 mil idosos ainda em 2025, com iniciativas que incluem apoio financeiro, acesso a saúde e atividades socioculturais. “Essa é uma missão divina. Acredito 100% nisso. Vou transformá-la na melhor forma possível”, comprometeu-se o cantor, que também planeja expandir sua carreira musical internacionalmente.

Contexto político e investigação em paralelo
A desistência ocorre em um cenário de crescentes especulações sobre nomes fora do eixo tradicional na corrida presidencial. Enquanto isso, o artista segue associado a uma investigação da Polícia Federal (PF) sobre lavagem de dinheiro supostamente ligada ao PCC (Primeiro Comando da Capital), conforme relatado anteriormente por veículos de imprensa. Lima não comentou o caso durante a entrevista.